Em 1890, por meio do Decreto nº 171, a composição musical do maestro Francisco Manoel da Silva é conservada como o Hino Nacional Brasileiro e durante um período aproximado de 32 anos, cantavam o hino com letras diferentes e inadequadas, nem sempre ajustadas à beleza e a dignidade da música. Somente às vésperas do 1º Centenário da Independência, em 6 de setembro de 1922, o Decreto nº 15.671 oficializa a letra definitiva do Hino Nacional Brasileiro, escrita por Osório Duque Estrada em 1909.
Existem também outros hinos nacionais, que representam símbolos importantes para o país. O mais antigo é o Hino da Independência, composto pelo próprio D. Pedro I. O Hino da Bandeira, escrito pelo poeta Olavo Bilac, foi apresentado pela primeira vez em 1906. Há ainda a Canção do Expedicionário, o hino cantado pelos pracinhas que lutaram a II Guerra Mundial na Europa.
Hino Nacional Brasileiro
Poema de: Joaquim Osório Duque Estrada
Música de: Francisco Manoel da Silva
I Parte
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado
retumbante,
E o sol da liberdade, em raios
fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse
instante.
Se o penhor dessa
igualdade
Conseguimos conquistar com
braço forte,
Em teu seio, ó
liberdade,
Desafia o nosso peito a
própria morte!
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um
raio vívido
De amor e de esperança à terra
desce,
Se em teu formoso céu, risonho
e límpido,
A imagem do cruzeiro
resplandece.
Gigante pela própria
natureza,
És belo, és forte, impávido
colosso,
E o teu futuro espelha essa
grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe
gentil,
Pátria amada,
Brasil!
II Parte
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu
profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da
América,
Iluminado ao sol do novo
mundo!
Do que a terra mais
garrida
Teus risonhos, lindos campos
têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais
vida",
"Nossa vida" no teu
seio "mais amores".
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja
símbolo
O lábaro que ostentas
estrelado,
E diga o verde-louro dessa
flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a
clava forte,
Verás que um filho teu não
foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a
própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe
gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Hino à Bandeira Nacional
Letra de: Olavo Bilac (1865-1918)
Música de: Francisco Braga (1868-1945)
Apresentado pela 1ª vez em 09/11/1906
Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
poderoso e feliz há de ser!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
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